O inefável Jerónimo de Sousa diz hoje no DN que a "Revolução
de Abril foi uma revolução inacabada". Foi a nossa sorte. Se, em 25 de
Novembro de 75, Eanes, Jaime Neves e mais uns tantos militares lúcidos e corajosos
não têm acabado com a rebaldaria comunista em Portugal, seríamos hoje um "Museu
da História do Comunismo", igual à Coreia do Norte e a Cuba, com a penúria e a pelintrice justa e igualmente distribuída pelo povão, que pelos dirigentes não.
Jerónimo nem sequer é comunista pela mesma razão que eu sou
do Benfica. Jerónimo tem fé. Acredita sem ver e fez da militância comunista uma
vocação e uma carreira. Mostra com orgulho o jornal "Avante", onde
figura na primeira página ao lado de Cunhal, e deve ter a casa cheia de
relíquias e "santinhos" semelhantes, o que é respeitável, mas não dá direito a impingir o anacronismo chamado comunismo aos portugueses, como tentaram fazer ao
apropriar-se do 25 barra quatro. Ao contrário dos frades franciscanos que não
obrigam ninguém ao hábito, à corda à cintura, às sandálias e aos hábitos
frugais, embora quem tenha fé possa fazê-lo, os comunistas impõem a fé ao
cidadão, seja crente ou não.
Os PCP iniciou a derrocada da economia
portuguesa com o PREC, qual sismo de cujo tsunami ainda hoje temos ondas, mas
ninguém fala nisso; como não se fala—diga-se em abono da verdade—na desgraça que foram todos os governos
constitucionais, com particular relevo para os liderados por socialistas, em particular por essa nulidade intelectual
chamada Zezito. A memória nacional é curta. Muito curta!
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