Baptista Bastos, mais conhecido por BB, de quem Vera Lagoa dizia afundar-se em vinho para esquecer o incómodo de nunca ter sido preso pelo "fassismo", que se refere a Assunção Esteves como a "presidenta" da Assembleia da República, comunista de cinco estrelas envergonhado e cultor de estilo literário rococó, verdadeira colectânea de palavras fora de uso, rebuscadas e pífias, escreve hoje no Diário de Notícias sobre a "presidenta". Diz que a "presidenta" impediu "a fala a um homem que nos proporcionou a liberdade sem caução", sendo esse homem Vasco Lourenço e a fala um discurso na Assembleia da República no dia 25 deste mês.
Gostaria de tomar esta ideia de BB, repetida nos pasquins
nacionais, de que os militares do 25/4/74 nos proporcionaram a liberdade sem
caução. Não é verdade tal, ou melhor, não se aplica a todos. Com homens como
Salgueiro Maia, Ramalho Eanes, ou Jaime Neves, foi de facto assim. Outros
colaram-se ao poder e, nessa coisa chamada "Conselho da Revolução",
preparavam-se para se constituírem em tutores da Pátria até à consumação dos
séculos. O referido era claro nos correligionários de BB, como Rosa Coutinho e
Vasco Gonçalves, candidatos a senadores vitalícios não eleitos para cuidar da rigorosa aplicação
do catecismo marxista, sob a batuta de Cunhal.
Isto é, nos militares que fizeram o 25/4/74 havia um
bocadinho de tudo. Só que os comunistas, com a sua conhecida militância e reconhecido
malabarismo, mesmo depois de estragarem a festa, estavam pegados de estaca de
forma preocupante. Não fora Eanes, Jaime Neves e mais uns valentes, e
estaríamos hoje a viver na República Popular Democrática de Portugal, com um
Baptista Bastos qualquer a intoxicar a opinião pública em pasquins como o Diário
de Notícias sob a batuta de Saramago,
que nem para limpar o cu serviam.
A memória é curta e as pessoas esquecem-se do drama que foi
o PREC, e das asneiradas de muita gente verbi gratia Soares e Cavaco; e o Zezito mais recentemente.
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