Já aqui falei em tempos na hipótese de sermos todos “cérebros numa tina”, o equivalente a termos vida virtual, como se o nosso cérebro estivesse mergulhado numa tina com líquido nutriente e ligado a um computador que nos enviasse impulsos eléctricos semelhantes aos provenientes dos órgãos dos sentidos, alimentando a ilusão de sermos aquilo que pensamos ser e vivermos a vida que pensamos viver. É uma visão muito do agrado de gente jovem, criativa e com imaginação.
Mas as coisas podem
ir mais longe, ou seja, o universo―todo ele, não apenas nós―seria uma
gigantesca simulação, sendo o homem (ou os humanos, como diria o Dr. Soares)
apenas parte dessa simulação a interagir com o conjunto destituído de
consciência.
Esquecendo os aspectos
filosóficos deste ponto de vista―colossais, como se compreende―a teoria pode
explicar a incapacidade de descobrir vida alienígena, que muito provavelmente
há, dada a existência quase segura de planetas no universo com condições
semelhantes à Terra. Esses alienígenas farão parte de outra simulação, como o cidadão
todo vestido de amarelo que entra na sala onde todos estavam de verde e pede
desculpa por entrar pois faz parte de outra anedota. Os alienígenas não serão
personagens deste programa.
Curiosamente, o
programa terá os seus bugs ocasionais, como aconteceu com o neutrino que, em 2011,
no CERN de Genebra, excedeu a velocidade da luz. Foi um erro do programa,
rapidamente reparado. A anomalia registada pelos físicos ficou sem cabal
explicação se excluirmos a hipótese de que somos todos cérebros numa tina.
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