sábado, 12 de abril de 2014

UM JANOTA CHAMADO PUTIN

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Há cerca de seis anos, o então Presidente polaco, Lech Kaczynski, afirmou publicamente que, se a agressão russa na Geórgia não fosse impedida, ela iria estender-se também à Ucrânia, aos países Bálticos e, possivelmente, à Polónia. Menos de dois anos depois, em 10 de Abril de 2010, Kaczynski morreu num acidente aéreo na Rússia, quando o avião em que viajava, um Tupolev 154-M, se despenhou na proximidade do aeroporto de Smolensk, matando 95 pessoas, incluindo o topo da hierarquia política e militar da Polónia. A comitiva deslocava-se à Rússia para homenagear as 22.000 vítimas polacas de um massacre soviético.
As caixas negras do avião, computadores dos passageiros, documentos, cartas, telemóveis e os códigos secretos da Nato que estavam a bordo desapareceram em 24 horas, levados pelos russos. O acidente foi oficialmente atribuído a erro dos pilotos, forçados a aterrar no meio do nevoeiro pelo falecido Presidente e pelo comandante da Força Aérea, que estaria embriagado.
Calcula-se em cerca de 60.000 o número de destroços encontrados e colectados no local do acidente. Para ter uma ideia do que isto significa, dir-se-á que do avião da TWA que explodiu perto de Nova Iorque em 1966 foram recolhidos 11.000 fragmentos, o que permitiu reconstruir 95% da aeronave. Segundo muitos especialistas, 60.000 fragmentos só são compatíveis com uma explosão a bordo.
Assiste-se a uma disputa complicada entre os que têm do senhor Putin―o tal do “povo geneticamente vencedor”―uma ideia mais que sinistra, e os que dizem tratar-se de conspirações políticas para o tramar. O senhor Putin foi coronel da KGB, coisa que não abrilhanta muito o currículo e, por outro lado, a profecia do Presidente Lech Kaczynski, sobre a ameaça à Ucrânia, começa a revelar-se correcta. Estamos nas mãos boa gente―sem dúvida.
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