sexta-feira, 4 de abril de 2014

VOZES DE ALÉM-TÚMULO

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Freitas do Amaral defendeu, dizem os media, a obrigatoriedade do voto nas  eleições legislativas. Concluo que o Professor Amaral vai votar; e interrogo-me em quem. O voto é secreto e, de forma alguma, quero violar a Lei. Mas tenho dúvidas se votará no PS, no CDS, no PC, ou no BE—no PSD não vota, está bom de ver, mas nos outros...
Diz que é uma maneira de motivar os jovens a participar na vida política. Não parece motivação, porque será obrigação; mas do que os jovens precisam mesmo é de emprego e de  políticos sérios que não dêem hoje uma na União Nacional, amanhã outra no CDS e depois de amanhã outra no PS. Tal e qual. Toda a gente muda de opinião, mas quando muda o melhor é ficar calado e sair da ribalta. Para ser cristalino como água de rocha, direi que os exemplos de  Veiga Simão, ministro dos gorilas na Reitoria, de Adriano Moreira, ministro das colónias, e de Freitas do Amaral, delfim de Marcelo Caetano e procurador à Câmara Corporativa, são casos esotéricos, para ser moderado na linguagem.
Suspeito que Belém paira no horizonte do Professor Amaral. Por isso não se cala. Aí está! Deus nos acuda.
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