Freitas do Amaral defendeu, dizem os media, a
obrigatoriedade do voto nas eleições legislativas. Concluo que o Professor Amaral
vai votar; e interrogo-me em quem. O voto é secreto e, de forma alguma, quero
violar a Lei. Mas tenho dúvidas se votará no PS, no CDS, no PC, ou no BE—no PSD
não vota, está bom de ver, mas nos outros...
Diz que é uma maneira de motivar os jovens a participar
na vida política. Não parece motivação, porque será obrigação; mas do que os
jovens precisam mesmo é de emprego e de políticos sérios que não dêem hoje uma na
União Nacional, amanhã outra no CDS e depois de amanhã outra no PS. Tal e qual.
Toda a gente muda de opinião, mas quando muda o melhor é ficar calado e sair da
ribalta. Para ser cristalino como água de rocha, direi que os exemplos de Veiga Simão, ministro dos gorilas na Reitoria,
de Adriano Moreira, ministro das colónias, e de Freitas do Amaral, delfim de
Marcelo Caetano e procurador à Câmara Corporativa, são casos esotéricos, para
ser moderado na linguagem.
Suspeito que Belém paira no horizonte do Professor
Amaral. Por isso não se cala. Aí está! Deus nos acuda.
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