No artigo do
"Expresso" citado abaixo, há pouco mais de uma hora, José Gomes Ferreira, escreve também:
[...] Não, o que está a acontecer em Portugal,
com a queda do Grupo Espírito Santo e de Ricardo Salgado, as detenções de altos
funcionários públicos no caso dos Vistos Gold e a detenção de José Sócrates,
não é uma desgraça: é a Grande Clarificação do Regime, a derrocada do Crony
Capitalism, o capitalismo lusitano dos favores e do compadrio.
É revoltante saber que o Parlamento aprovou sem hesitar todos os regimes especiais de regularização tributária, os RERT I, II e III, quando sabiam que a respectiva formulação jurídica iria apagar todos os crimes fiscais associados à repatriação do dinheiro de origem obscura que tinha sido posto lá fora. Os deputados foram previamente avisados desse gigantesco efeito de "esponja" pelos mesmos altos responsáveis tributários que me avisaram a mim...
Os mesmos RERT que passaram uma esponja sobre as verbas de Ricardo Salgado e as do receptador agora identificado no caso do ex-primeiro Ministro.
É revoltante saber que o Parlamento aprovou sem hesitar todos os regimes especiais de regularização tributária, os RERT I, II e III, quando sabiam que a respectiva formulação jurídica iria apagar todos os crimes fiscais associados à repatriação do dinheiro de origem obscura que tinha sido posto lá fora. Os deputados foram previamente avisados desse gigantesco efeito de "esponja" pelos mesmos altos responsáveis tributários que me avisaram a mim...
Os mesmos RERT que passaram uma esponja sobre as verbas de Ricardo Salgado e as do receptador agora identificado no caso do ex-primeiro Ministro.
Mas há esperança. Tal como o
País está a mudar, o Parlamento também há-de mudar.[...]
Está
quase tudo certo. Aquilo em que Gomes Ferreira se engana está escrito no último
parágrafo. Não! Não há esperança nenhuma. Nem muda o País, nem o Parlamento, nem
o Governo, nem os portugueses—o problema é genético. A menos que ocorra uma
mutação, ou alguns de milhares de mutações, continuaremos entregues aos bichos.
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