O Zezito foi preso por ordem de quem de direito a fim de
ser apresentado a um juiz para decidir se fica livre, preso ou com a liberdade
limitada—é suspeito de ter cometido crimes económicos, segundo o Ministério
Público.
A admiração é geral e fala-se com surpresa do facto de
ser a primeira vez que um ex-primeiro-ministro é detido no "Portugal
democrático"—ainda por cima, por crimes de roubalheira—e diz-se que coisa
parecida na Europa só tinha acontecido na Ucrânia e Itália.
Para ser franco, não estou admirado. Admira-me é como um
medíocre—provinciano iletrado e "deslumbrado com a cidade"—como o Zezito, chega a Primeiro-Ministro do meu País. Ultrapassado esse obstáculo, tudo pode esperar-se,
incluindo os eventuais factos que terão levado à sua detenção ontem. Conheço
pormenores da sua vida académica em Lisboa demonstrativos do carácter da personagem. O
homem pôs-se a nu com as artes malabares usadas para conseguir uma licenciatura.
Se não houvesse mais nada, isso chegava para o definir.
Mas o que na realidade preocupa é o facto do
cavalheiro ter chegado onde chegou através do voto, facto agravado por ainda
haver quem o considere e respeite politicamente. Não tenho palavras para
retratar tal drama. Recorro a Almada, como faço frequentemente: Uma geração, que consente deixar-se
representar por um Zezito é uma geração que nunca o foi! É um coio de indigentes,
de indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode
parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Zezito, morra! Pim!
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