Carlos do Carmo canta o
fado. E canta-o de forma que gosto e muita gente também. É uma ave canora.
Mas Carlos do Carmo, além de cantar, fala. Aí,
borra a pintura porque as aves canoras não falam. Por isso, quando protagoniza
o papel de intelectual de esquerda, convencido e presumido, enche o saco ao
mais paciente. É pífio—edição de bolso desse prosador notável, também pífio, que dá por
Baptista Bastos.
Carlos do Carmo recebeu um Grammy, o que lhe espevitou
a piroseira. Quase rebenta de vaidade. Então, diz que quer "repartir o
Grammy carreira com os portugueses" e que "foi buscar o Grammy para
dar uma alegria à pátria que sofre". É bonito! Sobretudo, é pretensioso e ridículo..
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