sábado, 17 de janeiro de 2015

BOTAS E PERDIGOTAS

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"O Dolicocéfalo" assume, honesta e humildemente, que errou. Admite o erro e penitencia-se por isso: as botas do Zezito não são de andar a cavalo ou de mota, como se presumia ontem aqui, mas sim e apenas pouco mais que sapatos abotinados. Sem procurar fugir à responsabilidade de informar mal os incautos leitores, acrescento que fui induzido no erro por manifesta falta de qualidade dos media portugueses que falavam em botas de cano alto.
Afinal, são botas de cano baixo; provavelmente "Gucci" ou equivalente, porque o Zezito, em matéria de estilo, não limpa o cu a nenhum caco. Desde Vilar de Maçada que está habituado a só calçar o melhor e não acredito que caminhasse em Paris com botas de sola de pneu.
Leio também no "Expresso"—o "The Times" fala nisso—que os advogados já tomaram o problema das botas em mãos. Adicionalmente, há outra matéria importante para tratarem, pois o "Barbas" do Benfica ofereceu-lhe um cachecol do clube (para sacana já chegava o Vale e Azevedo) que ficou retido pela autoridade prisional; e ainda um edredão que o jornal não esclarece se é de penas, ou de pena, inclinando-me eu para a primeira hipótese, uma vez que o Zezito ainda não está a cumprir pena.  
Devemos reconhecer que Zezito protagoniza um dos casos jurídicos mais complexos da História de Portugal, a par dos da herança Sommer, do BES, dos submarinos  e da situação pré-Tordesilhas. Quando as coisas começavam a ficar claras para o juiz Carlos Alexandre, surge o problema das botas, do edredão e do cachecol do "Barbas"—mais uma bota para o juiz descalçar. As botas do Zezito ainda vão subir ao Supremo! Ai vão, vão.
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