segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

ESTRELA DE BELÉM

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Falo às vezes de supernovas, assim chamadas erradamente, uma vez que são estrelas no fim da vida. Na realidade, são é "supervelhas". De forma simples, pode dizer-se que quando acaba o hidrogénio no coração duma estrela, cessam as reacções de fusão atómica, o núcleo arrefece e colapsa e a parte exterior do astro "rebenta" e parte em direcção ao espaço em volta com emissão de radiação como se fosse de um grande corpo—é um "canto do cisne" astronómico, embora tenha sido tomado no passado como se de nova estrela se tratasse. Não ocorre muitas vezes o fenómeno, mas acontece de quando em quando. 
Na imagem em cima pode ver-se a galáxia espiral NGC 4666, a 80 milhões de anos/luz da Terra, e uma supernova assinalada com dois traços grossos que foi baptizada de ASASSN-14lp, nome bem mais bonito que Ermengarda ou Valquíria.
A descoberta desta supernova ocorreu em Dezembro de 2014—há menos de um mês—e a fotografia aqui mostrada foi feita por Justin Ng, de Singapura, três dias atrás, no dia 2. Na véspera do Dia de Reis, lembra-se que a chamada Estrela de Belém citada na Bíblia pode ter sido uma supernova, se alguma vez existiu tal estrela—há algumas dúvidas e o fenómeno astronómico referido no Evangelho de S. Mateus poderia ser diferente.
Em baixo vê-se a mesma galáxia, antes do "nascimento" da supernova
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