sábado, 3 de janeiro de 2015

ÉTICA REPUBLICANA

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Segundo leio, o Zezito terá dito a Pinto da Costa que é vítima duma cabala, ou seja, da fêmea dum cavalo─os jornalistas não estão familiarizados com a linguagem do Norte. E, pior ainda, disse a Pinto da Costa que vai vingar-se.
Perante esta conversa, a primeira dúvida que assalta o espírito do português comum é como se tornaram amigos estes dois janotas. Às vezes, há amizades assim, mas "da tropa"; contudo, dada a distância das datas dos respectivos partos, não é verosímil tal hipótese. Qualquer outra coisa os liga, sendo um do Porto e o outro benfiquista─para sacana já chegava o Vale e Azevedo, acrescente-se, em aparte. Que raio de relação os tornou amigos?
Pinto da Costa já teve problemas com a Justiça, de que se saiu airosamente. Tem experiência. Sabe como descalçar a bota. Será que Zezito o ajudou a descalçá-la? Não acredito! Nem eu, nem ninguém!...
Mas Pinto da Costa não jurou vingança. Comeu e calou. Zezito promete sangue. Aí está a parte importante da matéria. O plano era chegar triunfante ao Congresso do PS, fazer um discurso inflamado e sair de lá candidato à Presidência da República. Acabou com o número 44 e isso não se perdoa.
Uma coisa eu digo: conhecendo a ética republicana, se os socialistas ganharem as próximas eleições gerais, como é bem possível, os próximos hóspedes ilustres do Estabelecimento Prisional de Évora vão ser o juíz Carlos Alexandre e o procurador Rosado Teixeira: 45 e 46, respectivamente─ai vão, vão!...
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