Ainda não tinha pensado na matéria, mas agora estou
indignado. E foi o Dr. Soares que me alertou para o caso, como aliás já
aconteceu ene vezes desde que leio e ouço tudo quanto escreve e diz o senador:
refiro-me ao Zezito e à sua situação profundamente injusta, de todo contrária aos
princípios democráticos.
Quando saía da cadeia de Évora, depois de mais uma
romagem socialista à terra alentejana, o Dr. Soares aproveitou a presença dos
microfones e das câmaras da TV para denunciar o comportamento inqualificável do
prof. Cavaco Silva, na qualidade de Presidente da República de Portugal.
Segundo o senador, o Presidente—que jurou cumprir e fazer cumprir a
Constituição—devia emitir desde já um mandato de soltura para o Zezito e
ordenar ao juiz responsável pelo encarceramento que pedisse perdão ao encarcerado.
Assim mesmo! Mas o prof. Cavaco, tal como acontece com outros conselhos do Dr. Soares, faz-se distraído.
O Dr. Soares, jurista—e jurista ilustre, faço questão de
acrescentar—sabe o que está a dizer. E nem quer imaginar que um dia destes lhe
entre pela porta da fundação um fiscal das Finanças para dar uma vista de olhos
aos livros da contabilidade da instituição e o prof. Cavaco—que jurou cumprir e
fazer cumprir a Constituição—não dê ordem de prisão ao atrevido, com
apresentação imediata de desculpas ao ofendido—neste caso o Dr. Soares—em nome da ética
republicana.
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