Há cerca de 250 milhões de anos, a vida quase se extinguiu na Terra. A mais grave crise biológica do planeta, desencadeada por acentuado aquecimento global, chuvas ácidas e anoxia (falta de oxigénio) e acidificação dos oceanos, dizimou 90% dos seres existentes. Os 10% sobreviventes atravessaram gravíssimas crises, com altos e baixos das condições hostis do ambiente que duraram 10 milhões de anos. Chamo a atenção para o número: 10 milhões de anos com a vida em elevado risco de extinção! Perto de 250 milhões de anos antes de aparecerem os antepassados do homem (os primeiros hominídeos terão nascido há 2 milhões).
Notícias deste tipo deviam fazer-nos pensar na precaridade do Homo sapiens. Como temos uma visão tacanha do mundo, decorrente da fugacidade da nossa vida, estamo-nos nas tintas para o problema.
Talvez estejamos certos; não sei. Não faz o meu género
embarcar em cruzadas ambientais porque não é líquido que a conversa ecológica politicamente
correcta não seja exagerada, interessada, pouco fundamentada, ou simplesmente chic. Mas temos de estar atentos - se
recapitularmos a matéria, reparem no que provocou a extinção referida:
aquecimento, chuvas ácidas e acidificação dos oceanos. Não lhes lembra isto
nada?
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