.
A imagem em cima, da NASA, mostra a fusão de duas galáxias com
um par de quasars em azul, localizados a 4,6 mil milhões de anos/luz da Terra e
separados por 70 mil anos/luz um do outro. É o par chamado SDSS J1254+0846.
.
O primeiro foi descoberto por T. Matthews e A. Sandage na
constelação Virgem, em 1960, e recebeu o nome 3C 273, não muito
imaginativo, mas o melhor que se pôde arranjar. Três anos mais tarde, por
estudos do desvio do comprimento de onda da radiação electromagnética emitida
pelo objecto, o chamado desvio para o vermelho (red shift), comprovaram que se
afastam da Terra à velocidade de 240.000 km por segundo - 80% da velocidade da
luz - acompanhando a expansão do universo. Actualmente, estão recenseados pelos
astrónomos muitos milhares de quasars.
Situam-se a milhares de milhões da anos/luz da nossa galáxia
- o mais distante que se conhece a 10 mil milhões - e, assim, o que vemos deles
agora é o aspecto que tinham há vários milhares de milhões de anos: alguns até já não
existirão. São as entidades cósmicas mais distantes que observamos e produzem
quantidades impensáveis de energia. Só um, pode produzir 10 a 100 vezes mais
que toda a Via Láctea.
No que respeita à sua natureza, não se sabe muito; ou
melhor, há teorias e poucas certezas. Admite-se que sejam colossais buracos negros a devorar matéria a ritmo alucinante, da ordem do equivalente a uma
massa igual à do Sol por ano. À medida que a massa é atraída para o
interior do buraco, enormes quantidades de energia são expelidas sob
a forma do que os astrónomos chamam jactos cósmicos.
Outra teoria é de que são galáxias em gestação. Como se sabe
muito pouco sobre a formação das galáxias,
é possível que sejam. Podem também ser regiões compactas de grandes galáxias a rodear um enorme buraco negro
central. Seja o que for, acabará por se saber, estou certo.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário