quinta-feira, 21 de junho de 2012

QUASARS - NÃO CONFUNDIR COM 'QUE AZAR'

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imagem em cima, da NASA,  mostra a fusão de duas galáxias com um par de quasars em azul, localizados a 4,6 mil milhões de anos/luz da Terra e separados por 70 mil anos/luz um do outro. É o par  chamado SDSS J1254+0846.
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Ouve-se falar de quasars, às vezes fala-se de quasars e quase sempre não se sabe o que são. Em boa verdade, ninguém sabe exactamente, mas os astrónomos têm umas ideias: são objectos celestes de brilho intensíssimo, a distâncias inimagináveis de nós, que emitem enorme quantidade de ondas de rádio - daí o seu nome, formado a partir da expressão quasi-stellar radio source.
O primeiro foi descoberto por T. Matthews e A. Sandage na constelação Virgem,  em 1960,  e recebeu o nome 3C 273, não muito imaginativo, mas o melhor que se pôde arranjar. Três anos mais tarde, por estudos do desvio do comprimento de onda da radiação electromagnética emitida pelo objecto, o chamado desvio para o vermelho (red shift), comprovaram que se afastam da Terra à velocidade de 240.000 km por segundo - 80% da velocidade da luz - acompanhando a expansão do universo. Actualmente, estão recenseados pelos astrónomos muitos milhares de quasars.
Situam-se a milhares de milhões da anos/luz da nossa galáxia - o mais distante que se conhece a 10 mil milhões - e, assim, o que vemos deles agora é o aspecto que tinham há vários  milhares de milhões de anos: alguns até já não existirão. São as entidades cósmicas mais distantes que observamos e produzem quantidades impensáveis de energia. Só um, pode produzir 10 a 100 vezes mais que toda a Via Láctea.
No que respeita à sua natureza, não se sabe muito; ou melhor, há teorias e poucas certezas. Admite-se que sejam colossais buracos negros a devorar matéria a ritmo alucinante, da ordem do equivalente a uma massa igual à do Sol por ano. À medida que a massa é atraída para o interior do buraco, enormes quantidades de energia são expelidas sob a forma do que os astrónomos chamam jactos cósmicos.
Outra teoria é de que são galáxias em gestação. Como se sabe muito pouco sobre a formação das galáxias,  é possível que sejam. Podem também ser regiões compactas de grandes  galáxias a rodear um enorme buraco negro central. Seja o que for, acabará por se saber, estou certo.
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