[...] Sistematicamente
usados, o adiamento, a prorrogação, a isenção, a dispensa dos preceitos legais
têm a tal ponto deseducado o espírito público que a maior parte da gente não
acredita que a lei venha a ser cumprida ao menos «tão inteiramente como nela se
contém». Do uso e abuso de tais processos resulta que no nosso País quem se
apressa a cumprir a lei, a cumpri-la rigorosamente, lisamente, a fazer uma
declaração exacta e em devido tempo, fica sempre em condições inferiores a
todos os outros que não fizeram o mesmo. Pois é absolutamente preciso, por uma
questão de educação e de ordem, que comecemos de vez a praticar o sistema
inverso e a fazer com que quem não cumpre — por mais razoável que seja o motivo
da falta — fique em situação pior que os que cumprem. [...]
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