quinta-feira, 2 de agosto de 2012

AS FUNDAÇÕES DA NAÇÃO

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No início do ano, 370 importantes e indispensáveis fundações portuguesas foram sujeitas a um censo obrigatório, cujas primeiras conclusões se conheceram hoje. Segundo o porta-voz do Governo, tais instituições fundamentais têm 1.896 administradores. A média, como se pode calcular, é superior a 5, sendo que há um número não conhecido que tem 10 administradores — provavelmente bem remunerados e com mordomias como carro, telefone, água de rosas para se lavarem por baixo e outras coisas indispensáveis ao exercício do mister.  E o número total de colaboradores é de 34.367, ou seja, quase 100 por cada uma.
Sei que a política do pleno emprego é louvável e é preciso implementá-la. E sei que a essa rapaziada da administração das fundações — uma multidão — deve ser garantido o direito ao trabalho  porque a Nação recebe em troca o fruto do seu labor profícuo — muito mais valioso que os magros euros que gasta com eles —  e poupa no subsídio do desemprego. Em boa verdade, nem percebo porque não são 34.367 administradores e 1.896 colaboradores — o resultado seria o mesmo e havia mais gente feliz.

(A Fundação Mário Soares recebeu 1,33 milhões do Estado e ficou isenta do pagamento de 220 mil euros de impostos ao património)

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