O Pingo Doce foi multado em 30 mil euros, suponho, por ter vendido mercadoria no dia 1 de Maio a
metade do preço. A iniciativa foi tão popular que a polícia teve que manter a
ordem, tal foi a afluência de quem tem pouco dinheiro para comprar bens
essenciais.
Um partido em
Portugal ficou possesso com a iniciativa de Alexandre Soares dos Santos e não
se cala — e esse partido é... o Partido Comunista Português! Diz o PCP que a
multa é "manifestamente insuficiente, face à gravidade dos procedimentos
e ao comportamento afrontoso que este grupo económico assumiu perante os
trabalhadores".
A pergunta é: quantos daqueles cidadãos que fizeram fila à
porta do Pingo Doce para comprar coisas que, de outro modo, não comprariam
pertencem à "classe" que o PCP diz defender? Eram quase todos!
Que o PCP não
está preocupado com eles, já nós sabíamos. Aquela "gentinha" é só munição
para a arma retórica, anacrónica e de carregar pela boca, que o PCP é — só
isso. Fora do ódio anti-"capitalista", querem lá eles saber do que as
pessoas compram ou podem comprar. As dificuldades económicas, a pobreza, a
fome, são coisas estimáveis para o PCP porque se integram na política do quanto
pior, melhor. E o ódio anti-"capital", consubstanciado neste caso em
ódio anti-Soares-dos-Santos, cega-os e isso é que os move.
Não tenho muito
apreço pelo empresário em causa desde que, ao arrepio do discurso "ético-patriótico"
que tinha, meteu o dinheiro num baú e levou-o para a Holanda, ou coisa parecida,
para pagar menos impostos. Tem direito de o fazer, talvez, mas podia estar
calado antes. Pela boca morre o peixe e, neste caso, "morreu" Alexandre
Soares dos Santos. E os comunistas "morrem" também, se não estão já
completamente mortos.
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