O navio que transportou o capitão Scott e seus companheiros até à Antárctida — o "Terra Nova" — partiu de Cardiff em 1910. Scott atingiu o Polo Sul em Janeiro de 1912, depois de Amundsen, e morreu no regresso. Os corpos foram encontrados congelados 8 meses mais tarde.
O "Terra Nova" viria a afundar-se em 1943, perto da Gronelândia. Há dias, uma equipa de pesquisa submarina encontrou os destroços do naufrágio. A propósito do achado, vão sendo recordados factos relacionados com a expedição de Scott, um dos quais se refere ao que o capitão tinha a seu lado na tenda onde morreu. Entre várias
coisas — como
fotografias, ovos de pinguim Imperador, etc. — tinha muitos fósseis, um dos
quais colhido pouco antes da morte, no local do acampamento da fotografia
mostrada em cima, feita pelo próprio Scott.
Esse fóssil era da árvore Glossopteris indica, extinta há
250 milhões de anos. Fósseis da mesma árvore tinham sido já encontrados na Austrália,
África e América do Sul. Significava isto que a Antárctida havia integrado a
mesma massa de terra que aqueles continentes, com clima apropriado para suportar
tal tipo de árvore. Era o super-continente
chamado Gonduana, ou Gondwana como se vê escrito mais vezes. Forte argumento a favor da deriva continental, fenómeno proposto precisamente
em 1912 e que só viria a ser universalmente aceite com a descoberta das placas
tectónicas.
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