Em atmosfera com saturação relativa de vapores de "poncha" a rondar os 90%, perorou Alberto João no Porto Santo — "A República disse: a Madeira que pague as suas dívidas e nós, República Portuguesa, pagamos as nossas". E de supetão: " Afinal quem são os separatistas?" E, para não ficarem dúvidas, logo esclareceu — "Quando um Estado como Portugal diz amanhem-se lá na Madeira e paguem o que fizeram, está dado o primeiro passo de separatismo, mas quem deu o passo foi o Governo de Lisboa".
Graças a Deus! Será desta que nos vemos livres de Alberto João e suas eructações pós-prandiais? O Governo de Lisboa já deu o primeiro passo, felizmente, e espera-se ansiosamente que Alberto João dê o segundo. Mas não dá!... É só bazófia da "poncha" para fora.
Mas não ficou por aqui Alberto João, não senhor.
Acrescentou, muito justamente:
“Durante anos, como Lisboa e os poderes que lá estão não podiam negar o
trabalho que se tinha feito na Madeira, então, para nos denegrir, eles
começaram a dizer que nós vivíamos à custa da população do Continente”. Não é
verdade, digo eu, Dolicocéfalo! Que calúnia! Alberto João nem quer que
a República pague as dívidas da Madeira, como fica claro do atrás lavrado!
Alberto João não precisa do "Contnente" para
nada — as facturas das obras feitas têm uma gaveta própria no Governo Regional para
serem arquivadas a aguardar melhor oportunidade. E não há problema nenhum, a não
ser quando aparecem lá uns tipos de cultura pidesca, a mando de Vítor Gaspar, a
vasculhar as secretárias e as Secretarias.
Aliás,
Alberto João tem sobre estas coisas uma teoria tão genial como cristalina: "Na sequência do programa da ‘troika’, o país está subjugado
pelo poder estrangeiro", disse. É isso mesmo! Tal e qual! Como descobriu Alberto João isto?! É com encéfalos
assim que se fazem os grandes estadistas.
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