Alexandre Alves, o "empresário vermelho", a seguir ao 25 de Abril fundou uma cooperativa chamada Fábrica Nacional de Ar Condicionado (FNAC) que, no início dos anos 90, já compreendia um grupo com mais de 40 empresas — faliu pouco depois em circunstâncias mal esclarecidas até hoje.
Apesar de já ter sido dado como estando à beira da falência mais do que uma vez e enfrentar vários processos por dívidas, tudo indica que o empresário continua em actividade, diz o "Público". Lendo os jornais de hoje, ficamos com a certeza que continua em grande actividade.
Em 2009, em era de pleno delírio socrático, constituiu
outra empresa, a RPP-Solar, uma coisa megalómana, como tudo em que Alexandre
Alves se mete, com a previsão — no papel — da criação de 1.880 postos de
trabalho e 300 empregos qualificados para engenheiros e técnicos superiores.
Tudo para começar a laborar em 2010. Na realidade, até hoje, nem raspas.
Nem raspas não é bem dito, porque já houve algumas
raspas. Em 2009, no preciso ano em que tudo ameaçava começar, Alexandre Alves
comprou uns terrenos à Câmara de Abrantes por 100.000 euros, terrenos por que a
Câmara havia pago um milhão! Era Presidente da edilidade o socialista Nélson de
Carvalho.
Como nesta vida há coisas estranhas, sem explicação
mesmo, diz o "Público" que Nélson de Carvalho, em 2010, foi
contratado por Alexandre Alves para director de formação e de projectos especiais da
RPP-Solar.
Estão a ver como o mundo é pequeno? Quem diria que Nélson
de Carvalho, ali mesmo à mão, era o homem certo para aquele lugar? Só Alexandre
Alves seria capaz de antever uma coisa assim! É visão empresarial, caramba!
E os terrenos agora para quem ficam? Provavelmente serão
doados à Misericórdia local, digo eu.
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