quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CADA UM POR SI

.
.
Quando o "Titanic" começou a afundar-se, alegadamente o comandante terá ordenado o embarque nos salva-vidas das mulheres e das crianças primeiro, morrendo depois ao ir ao fundo com o navio. Foi um acto de cavalheirismo que é tido como norma nos navios. Será? — Parece que não!
Na realidade, no "Titanic" sobreviveram 70% das mulheres e crianças e apenas 20% dos homens. Também no desastre do "Lusitania" sobreviveram 37,1% das mulheres e 40% dos homens. Mas um estudo retrospectivo da Universidade de Uppsala (Suécia), de 18 acidentes com navios, entre 1852 e 2011, envolvendo mais de 15.000 passageiros e tripulantes, mostra que, se excluirmos o "Titanic" e o "Lusitania", nos outros 16 só num não morreram mais mulheres que homens — no navio "Birkenhead" que encalhou ao largo da Cidade do Cabo, em 1852. No total dos acidentes em análise, sobreviveram apenas 17,9% das mulheres, em contraste com 34,6% dos homens — quase o dobro!
E, se falarmos de membros das tripulações e das crianças, as coisas são ainda mais espantosas. A morte de tripulantes é 18,7% menor que a dos passageiros; e das crianças, só sobreviveram 95 em 621 (15,3%)!
Portanto, a regra é: para os homens — cada um por si; para as mulheres e crianças — Deus vos ajude.
Segundo um dos intelectuais que comentou o estudo, ele não significa maldade ou egoísmo maior dos homens. É a natureza humana que é assim e se revela desta forma nos homens porque são mais capazes de se defender. As vítimas seguintes são as mulheres, e depois as crianças, as mais indefesas.
Mau!... Muito mau!... Mas só estando lá se sabe o que a pessoa sente. Quem estiver inocente... — está escrito na Bíblia.

...
.
(Uma peça histórica)
.

Sem comentários:

Enviar um comentário