Sabia que em
França está em construção uma central eléctrica baseada no processo de
produção de energia do Sol, ou seja, a fusão de átomos de hidrogénio? É o "International
Thermonuclear Experimental Reactor", ou simplesmente ITER, iniciativa da
União Europeia, China, India, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos, com um total
de 34 países representando mais de metade da população mundial.
A ideia é
ligeiramente diferente do que se passa no Sol porque aí a fusão dos átomos de
hidrogénio — com produção de hélio — é conseguida pela compressão dos átomos,
exercida pela enorme força da gravidade da estrela. No ITER, a fusão vai exigir
temperaturas muito mais altas, cerca de 10 vezes maiores que a do Sol, ou seja,
centenas de milhões de graus!
Então, isótopos
de hidrogénio — o deutério, que tem um neutrão no núcleo — e o tritium — com
dois neutrões — serão fundidos à custa de altas temperaturas, originando hélio
e neutrões livres, o que corresponde à libertação de enorme quantidade de
energia utilizada no aquecimento de água, cujo vapor será usado em turbinas
geradoras de electricidade. Espera-se que, com o consumo de 50 megawatts, se
produzam 500 megawatts.
Tudo quase "limpo":
com apenas o senão do tritium ser ligeiramente radioactivo — semi-vida de
12 anos. Por isso, todas as medidas anti-sísmicas serão tomadas, exactamente
como nas actuais centrais atómicas de fissão do urânio.
Se tudo correr
como previsto, os primeiros ensaios serão feitos em 2020 e, em caso de êxito,
esta será eventualmente a melhor solução, do ponto de vista ecológico, para
suprir as necessidades dum mundo, nessa altura com perto de 8 mil milhões de
almas devoradoras de energia.
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Na imagem de baixo, ver a figura humana no canto inferior direito, para ter noção da escala.
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Na imagem de baixo, ver a figura humana no canto inferior direito, para ter noção da escala.
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