Simpatizo com o Tozé Seguro, apesar de ser uma escopeta da carregar pela boca como já referi. Mas parece-me um homem bem intencionado, prudente e, sobretudo, eticamente dez furos acima do resto da malta do PS. Tem pouca pedalada, é verdade, mas lá vai andando com a "pasteleira" que tem.
Seguro tem problemas complicados pela frente. Um deles é que, ao contrário da tropa do seu partido, ainda não esqueceu que foram eles a negociar e assinar o acordo com a troika e leva isso a sério; não como faz Soares, ou esse expoente da insuportabilidade chamado José Junqueiro, ou a menina prodígio Isabel Moreira, para citar só alguns.
Tozé tem pela frente o Orçamento para 2013 e está entalado, como escreve hoje Paulo Baldaia no "Diário de Notícias" — diz assim, e diz muito bem:
[...] Na verdade, o PS não pode, ou não deve, incluir na rejeição a novas medidas de austeridade a solução que o Executivo se prepara para apresentar como forma de ultrapassar o veto do Tribunal Constitucional (TC) ao confisco dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e pensionistas. Numa fórmula bem mais justa, o Governo está obrigado a distribuir esse sacrifício de 2 mil milhões de euros pelo sector público, pelos pensionistas e pelo sector privado.
O PS não votou contra o OE que instituiu o confisco dos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas e se agora votar contra o OE porque os privados pagam solidariamente, então vai ter de assumir a tese de que os funcionários públicos e os pensionistas são uns malandros que vivem do dinheiro público e devem pagar mais que os outros. E, é claro, vai perder muitos votos entre os funcionários públicos e os pensionistas. [...]
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Se Seguro não encontra uma forma airosa de dar a volta ao problema, vai dar um tiro no pé, "seguramente".
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