As leis físicas que governam o universo foram deduzidas da observação dos fenómenos, de hipóteses teóricas sobre as suas causas, e da experimentação que permitiu confirmar as hipóteses e prever os fenómenos antes deles ocorrerem. A pergunta é: existiam essas leis antes do universo?
Isto é, são as leis físicas meras descrições da realidade, ou integraram um plano pré-existente? Se fizeram parte dum plano, — necessariamente anterior ao espaço, ao tempo e à matéria — onde estavam escritas? Qual era suporte de tais leis? Sendo todas expressas de forma matemática, e sendo o suporte da matemática a mente, significa isto que a mente precedeu o universo. O raciocínio é de Alexander Vilenkin, o físico que formulou a teoria da expansão eterna do universo. Mas Vilenkin guarda silêncio sobre a natureza dessa mente e é pena.
Depois vem o problema adicional: o que fez esse plano
funcionar? Quem
deu o sopro nas equações para elas fazerem um universo que lhes obedece?, pergunta
outro físico teórico — Setephen Hawkin, no caso.
E tais leis não explicam o universo porque elas são já ausência do
nada que tinha de preceder o universo, se este não é eterno. E a eternidade é a coisa
mais difícil de compreender.
Já Platão tinha andado embrulhado com estes problemas, com a
Teoria das Formas, ainda a Teoria do Big Bang estava — e estaria por muitos
anos — no cu dos franceses. Voltamos sempre a Deutsch e à metáfora de que nunca
entraremos um muro com os dizeres "Não há mais explicações a partir
daqui"; mas também não encontraremos outro a dizer "Aqui está a
explicação final" — é tudo tartarugas até ao fundo! Chato!...
...
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