O partido Comunista da China tem 83 milhões de membros, o
maior clube do mundo—maior que o Benfica! Em 2011, 22 milhões de chineses
pretenderam fazer-se sócios, mas só 3 milhões foram admitidos.
Ser um dos escolhidos implica enviar requerimento à
célula do Partido no local de residência, idealmente pouco depois de ter 20
anos, ser seleccionado para integrar um grupo de estudo, ver examinados os antecedentes
psicológicos e comportamentais e ficar aprovado para se tornar membro
estagiário. Só depois se pode fazer parte do grupo dos escolhidos, entre os
milhões de chamados, e fazer o juramento solene perante a bandeira do Partido
com a foice e o martelo. Diz assim tal juramento:
É minha vontade juntar-me ao Partido Comunista da
China, apoiar o programa do Partido, respeitar os estatutos do Partido, cumprir
as obrigações de membro do Partido, cumprir as decisões do Partido, observar
estritamente a disciplina do Partido, guardar os segredos do Partido, ser leal
com o Partido, trabalhar duramente, trabalhar pelo comunismo toda a vida, estar
pronto a tudo sacrificar pelo Partido e pelo povo, e nunca trair o
Partido.
É de rebenta canelas!
O problema é que, à medida que a economia foi crescendo,
a corrupção foi-se tornando o principal alvo da cólera do tal povo por quem os
membros do partido juraram tudo sacrificar. Num País daquela dimensão, tudo é
enorme, tão grande que o tudo é difícil de avaliar, incluindo a dita corrupção;
mas estima-se que, só de 1990 para cá, 120 mil milhões de dólares sujos foram colocados
no estrangeiro por quem jurou respeitar os estatutos, cumprir as obrigações,
observar a disciplina, guardar os segredos, blá, blá, blá.
A carne é fraca, incluindo a amarela, digo eu. Amarela,
mas encadernada de escuro—é norma do Partido usar sempre fato preto ou antracite
e... —esta
é de morrer(!)—cabelo negro, pintado quando necessário! Asa de corvo!
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