A China nunca colonizou nenhum
país, como a Europa, por exemplo. Nunca usou a força militar para se impor aos
vizinhos. É suficientemente grande para ser absorvida pela tarefa de gerir sua
própria existência. Não é sua vocação, segundo Martin Jacques, impor-se
violentamente—fá-lo pelo domínio
económico e cultural, pois acredita ter uma cultura muito superior à do resto
do mundo, em que tem orgulho. Nunca será uma super-potência do tipo Estados
Unidos, cheia de porta-aviões, multidões de marines, drones e toda essa
cangalhada. Devagar e com cabeça vai longe sem isso.
Sabe que leva tempo, mas tem
paciência para esperar. Tal como não quer pronunciar-se "precipitadamente"
opinando sobre a Revolução Francesa, também acha que isso de super-potência tem
tempo. Já era um grande país quando Estados Unidos e nações da Europa estavam no
cu dos franceses e haviam de estar muito tempo e vai continuar a ser.
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