domingo, 28 de outubro de 2012

DIREITO DE MORRER

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O suicídio medicamente assistido de doentes com doenças incuráveis e em estados terminais é matéria controversa há muito. É legal nalguns estados dos Estados Unidos e em países da Europa, nomeadamente na Holanda há mais de 30 anos. O "The New York Times", a dias de mais um referendo sobre a matéria, em Massachusets, publica hoje um artigo intitulado "Quatro mitos sobre o suicídio medicamente assistido". E tais mitos são:
A principal razão da vontade de morrer dos doentes é a dor. As estatísticas mostram que não e que a maior parte deles querem suicidar-se porque estão com depressão.
O segundo mito é que o progresso nos meios de suporte de vida da Medicina a prolonga até ao limite do insensato e os doentes querem fugir a isso. A verdade é que a eutanásia é uma prática que já vem do tempo da antiga Grécia, quando não existiam os recursos de suporte da vida actuais.
O terceiro é o de que há muita procura, para usar uma expressão infeliz mas clara. Não é verdade. Nos Estados Unidos é solicitada por cerca de 0,2% dos doentes terminais e, na Holanda com três décadas de tradição, a percentagem não vai além dos 10%.
O quarto é que permite uma morte "santa", o que não acontece muitas vezes. Porque tem de ser o doente a tomar os medicamentos letais—é suicídio e não eutanásia—eles são  administrados em formas orais. Os vómitos são frequentes—em 7% dos casos num estudo holandês—e 15% dos doentes podem esperar horas  e dias para morrer. Na Holanda, em 18% dos casos, foi necessária a intervenção do médico para acabar com a vida dos moribundos. Mas nalguns países essa intervenção do médico é interdita, o que pode transformar o suicídio num calvário.
Para melhor esclarecimento, se conseguirem sem assinatura, o melhor é ler o artigo completo aqui
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