"Não tenho receio de nada", respondeu Miguel Relvas aos jornalistas quando questionado sobre a hipótese de perder a sua licenciatura. "Estou de consciência tranquila", afirmou o ministro. Isto lê-se hoje no DN.
Lê-se também que o certificado de licenciatura de Miguel Relvas inclui três cadeiras que não existiam quando esteve matriculado na universidade, em 2006/07—só começaram a ser lecionadas um ano depois do actual ministro ter saído da instituição.
Aqui—neste modesto espaço—digo eu agora que Relvas é um
caso académico surreal porque real não é. Em minha opinião, Relvas não tem
culpa, embora se afigure com perfil para pedir tudo aquilo. A culpa é da
instituição auto-intitulada de universidade—também lusófona—de que haverá por aí
mais exemplos, que abastardam o ensino superior e desacreditam quem tem rigor e
mérito.
As universidades privadas reproduziram-se como cogumelos
em tempo de chuva e aí estão algumas para dar canudos a troco de patacos. São
importantes conquistas da Revolução dos Cravos, com competência para
"encartar" os meninos das "jotas". Mas, valha-me Deus, não há
ninguém que as fiscalize? Mandem lá a
ASAE, polícia adequada à matéria porque aquilo mais parece a Feira da Ladra.
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