segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A ALTERNATIVA

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O "Correio da Manhã" publica hoje, na página de opinião, uma peça da autoria de um senhor—provavelmente doutor porque é Tesoureiro do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público—de seu nome Joaquim Arrepia Ferreira, verdadeira obra de antologia, digna de figurar ao lado dos escritos de Baptista Bastos, se este não se sentir plagiado. É grande a ideia e a forma, mas pequena a extensão gráfica, pelo que se transcreve a seguir. O título é "Alternativas"

O querer a inevitabilidade da austeridade em aplicação, feita maná da sobrevivência, é coroar o país de injustiça, consagrar a iniquidade e a incoerência, desestruturar a sociedade como subjugar na penúria o povo luso para gáudio e proveito de nababos, negreiros, onzenários e afins.
Os cidadãos não são os responsáveis das fissuras tidas por causas da dor que se propaga. Não têm mais culpa que os demais cidadãos das anomalias vindas de São Bento, das complacências de Belém e dos avais de Bruxelas. O poder que isto posterga despedaça a Pátria, enxovalhando-lhe a alma já em coma, como empurra para o precipício do desespero e do desterro. O Estado só sendo justo é digno. Para tanto, tem de perceber os erros e emendá-los. Se o não faz, a sociedade enraivece. Uma sociedade assim apaga a luz do futuro, prolonga a agonia do presente e acaba por lembrar à Europa tempos idos causadores de descontrolados males para todos. Enquanto é tempo, abracem-se alternativas, que necessariamente tem de haver.

Uma alternativa sugiro ao jornal: publique diariamente uma peça deste senhor para alegrar a desgraça  dos portugueses, vítimas da dor que se propaga, com a alma enxovalhada e já em coma, empurrados para o precipício do desespero e do desterro.  Só assim, penso eu, a sociedade se não enraivece, liga o interruptor da luz do futuro e acaba com a agonia do presente. Mas tem que ser enquanto é tempo, atenção a isso.
Somos um País de crânios! Com acesso aos jornais!
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