Obama disse ontem uma boa piada—referindo-se à constante mudança de posição do seu adversário Romney, que procura demarcar-se da direita radical, do Tea Party e por aí fora, e que dá uma no cravo e outra na ferradura. Obama acha que Romney sofre de romnésia.
O termo é novo, o diagnóstico correcto, mas o síndrome é velho; muito velho. Olhem para Portugal e reflictam. Soares tem romnésia, Seguro tem romnésia, o Partido Socialista em peso tem romnésia, e até o povo tem romnésia porque já esqueceu as pessegadas do PREC, do Aníbal de Boliqueime, do Guterres, do Zezito.
Nalguns casos, o mal decorre do amolecimento cerebral,
chamado necrose coliquativa, com elevada prevalência na classe política
portuguesa do
meu grupo etário e superior. Mas em elevado número de doentes, a etiologia, ou
seja, a causa da moléstia, decorre de total falta de vergonha na cara, factor
mais difícil de corrigir, embora custe a acreditar, que os enfartes cerebrais
da necrose coliquativa. É que os enfartes são acidentais, mas a falta de
vergonha é congénita. E quem nasce torto dificilmente endireita. O pior é que há quem acumule as duas condições.
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