domingo, 16 de novembro de 2014

EM ITÁLICO

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[...] Já bastavam os abalos na confiança em sectores como a banca e as grandes empresas. Ver a mais alta administração do Estado vulnerável desta forma, é mau de mais. Soa a fim de tempos, fim de regime, fim. Quando, afinal, precisávamos urgentemente de acreditar na possibilidade de novos princípios.

Graça Franco in site da Renascença

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Julho de 2013: António Costa não vai aplicar taxas turísticas em Lisboa. Janeiro de 2014: António Costa quer afastar hipótese de taxas turísticas em Lisboa, embora não a "exclua em absoluto". Novembro de 2014: António Costa anuncia taxas turísticas em Lisboa.
O processo evolutivo acima não se limita a demonstrar a coerência do dr. Costa, aliás banal no seu ofício: sobretudo oferece uma amostra do que acontecerá às restantes juras do salvador da pátria quando (é proibido dizer "se") ocorrer a salvação. Entretanto, a gente diverte-se, por um lado com os apoiantes do dr. Costa que justificam os impostos deste enquanto criticam os do Governo, por outro com os apoiantes do Governo que parodiam os impostos do dr. Costa enquanto fingem ignorar os próprios. Por cá, o debate político é assim sofisticado. [...]

Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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