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Em Portugal, já não há
direita e esquerda, mas só governo e oposição, isto é, os que têm de se reger
pelo dinheiro que há, e os que podem fingir que não tem de ser assim.
Assim escreveu Rui Ramos
no "Observador". É das coisas mais lúcidas que leio nos últimos
tempos. Os políticos portugueses são talvez muito bons como tal, mas uma lástima quando governantes, gestores, administradores, ou o que se queira chamar-lhes. A prova
está na democracia de sucesso que construíram, com 40 anos de fiascos
sucessivos.
Na oposição, blá, blá, blá.
No governo, blá, blá, blá. O problema não é falta de bitaites: é falta de massa
cinzenta e de experiência, com desonestidade quanto baste à mistura (hoje mesmo
ouvimos novas sobre essa pecha no Estado). Embrulhado em palavreado diferente e inspirado, o resultado é sempre o mesmo—a fífia.
Apesar de idade provecta, mais
de metade da minha existência foi vivida em cenário de insolvência nacional, ou
ameaça dela. Pode um cidadão desta geração levar a sério gente como Mário Soares, Monsieur Barrôzô, o Zezito, o Passos
Coelho, o Portas e o António Costa, para não falar nos inefáveis Jerónimo,
Semedo, Louçã e rebabá?
Portugal é um País
condenado pela mediocridade governamental que muda para ficar tudo na mesma. De Santana passámos ao Zezito, depois ao Coelho. Agora, presumivelmente,
passaremos ao Costa, deste a outra nulidade qualquer e por aí fora; até à
consumação dos séculos.
Há pachorra? Não há! Eu
voto José Manuel Coelho—pelo menos, é divertido.
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