terça-feira, 12 de junho de 2012

ALEXIS TSIPRAS/SYRISA

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A 17 deste mês, a Grécia vai a votos.  Alexis Tsipras, líder do Syriza, tem fortes probabilidades de ganhar. Que quer Tsipras? Tudo visto e respigado, quer continuar no Euro e não cumprir as regras do resgate impostas à Grécia. Para os observadores é a quadratura do círculo. Para Tsipras, não. Para o povo helénico é complicado decidir;  mas parece querer tentar.
Porquê tentar? Porque Tsipras lhes diz que a saída da Grécia do Euro é tão má para eles como para os outros países da Zona Euro, e não só: até para os Estados Unidos. É tudo arrastado pela sucção do navio que se afunda, incluindo a Alemanha: um cataclismo que a União Europeia não pode arriscar. Entre a Grécia e a Alemanha existirá, segundo ele, uma situação comparável à da guerra fria, em que não podia haver guerra  porque ambos os lados seriam aniquilados. Com isso joga Tsipras.
É assim? Ninguém sabe! Tsipras sabe ainda menos, mas quer arriscar.  Metade do povo grego não sabe, gostaria que fosse assim e quer arriscar. A outra metade não sabe, gostaria que fosse assim, mas não arrisca.
Se o Syrisa ganhar, a experiência vai ser feita; e qualquer que seja o resultado, nada ficará como antes. Na circunstância de se verificar que Tsipras tinha razão, acaba o papão da Alemanha e tudo muda: a Grécia faz vencer a indisciplina na União e esta pode ir pelo cano. Se a razão não está com Tsipras, o homem bem pode limpar as mãos à parede por ter metido os indígenas do berço da civilização (Soares dixit) na cloaca da dita.
Ficamos à espera. 
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