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Encontro da Andrómeda, à esquerda, com a Via Láctea à direita
...A galáxia Andrómeda está a 2,5 milhões de anos/luz da Via Láctea, onde residimos, e tem cerca de 200.000 anos/luz de diâmetro. Já esteve mais perto depois do Big Bang mas, com a expansão do universo, foi-se afastando. Dada a força da gravidade provocada pelas massas das duas galáxias e da matéria negra que as envolve, continuam a atrair-se mutuamente e a Andrómeda dirige-se à Via Láctea a mais de 400.000 km por hora, quase ao ritmo do Dr. Soares!
Sem querer estragar o fim-de-semana a ninguém, lamento
informar que os cientistas da NASA chegaram à conclusão que a colisão das duas
galáxias é inevitável, já daqui a 4 mil milhões de anos. Mas não vai ser assim
uma coisa violenta como o choque frontal de dois automóveis na estrada, não
senhor. As duas vão integrar-se sem o espalhafato que seria de esperar porque
as respectivas estrelas estão muito afastadas umas das outras e não haverá, em
princípio, choques entre elas, como acontece tantas vezes em Hollywood.
Mas
novo arranjo geral dos astros é inevitável, dado que se vai formar outra galáxia, incorporando os respectivos núcleos num só e tudo o resto vai ocupar posições diferentes. É provável, por exemplo, que o nosso Sol e o Sistema Solar
deixem de ser tão centrais como são agora e se vejam remetidos para a periferia,
ou quase – das Avenidas Novas para a Reboleira, ou coisa parecida.
Para complicar um bocadinho, há outra galáxia – pequenota
– metida nisto: a Triangulum, ou M33, vizinha da Andrómeda, que também vem a
caminho. Vai ser uma fartura de estrelas: quase como o Benfica! Parece que o
resultado final vai ficar bonitinho, ou seja, uma galáxia elíptica, sem o
aspecto achatado de panqueca que a Via Láctea agora tem. Mas ainda temos tempo
de arrumar tudo antes de elas virem.
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