quarta-feira, 13 de junho de 2012

SOCIALISMO CIENTÍFICO EM ESTILO BARROCO

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O inefável Baptista Bastos marca hoje a habitual presença no "Diário de Notícias" com mais uma das suas inspiradas crónicas, prenhes de estilo barroco. BB é um plumitivo de se lhe tirar o chapéu; não um chapéu qualquer, mas um chapéu de coco. 
E em defesa de quem sai BB na crónica? 
Esperava tudo menos que o leitor fosse arguto  ao ponto de ter já adivinhado que BB sai em defesa de D. Januário Torgal Ferreira! É verdade!
BB está magoado com Vasco Pulido Valente, a quem chama Vasco "PV" e que diz ser um comentador em círculo concêntrico, expressão bem sonante a BB para a sua rebuscada prosa, mas que, infelizmente,  não faz qualquer sentido geométrico ou literário. E porque está BB irritado com Vasco Pulido Valente? Pois, porque O bispo das Forças  Armadas tem sido um alvo preferencial de Vasco "PV", asfixiado de dogmas, de mal-entendidos e de rancores doentios, uma ruína melancólica sem graça e sem grandeza. Tal e qual!
Vasco Pulido Valente não sabe, mas está asfixiado de dogmas, de  mal-entendidos e de rancores doentios. BB, não está - tomamos nós nota. Mas o que mais comove é o cuidado que BB põe no respeito pela hierarquia católica. Em dado passo diz esta coisa cheia de ternura:  Vasco "PV" ignora as declarações proferidas pelo próprio cardeal-patriarca, além das de outras figuras da Igreja, que não têm prendido os adjectivos para castigar este Governo.
Depois de D. Januário Torgal Ferreira, e ainda antes de Karl Marx e Vladimir Ilitch Lenin, a pessoa que BB mais admira, estima e respeita é o cardeal-patriarca; além, claro,  de outras figuras da Igreja. Tais figuras são objecto de merecido respeito por parte de BB, por tudo; mas principalmente porque não têm prendido os adjectivos para castigar este governo.
Peço desculpa aos leitores menos atentos por meter este aparte aqui, mas não posso deixar que lhes escape esta pérola de estilo que é o não têm prendido os adjectivos para castigar este governo. Quem escreve assim foi, no mínimo,  sargento amanuense na tropa: de certeza!
Mas voltando à substância, e para terminar porque me vou alongando, BB acha que Vasco Pulido Valente desta vez foi longe demais e escreve: No vitupério quase quis calar o bispo. O que me pareceu excessivo sem deixar de ser perigoso. Numa altura pesada de ameaças à livre expressão; numa situação na qual se têm registado sinais e factos censórios, a denúncia de quem discorda é extremamente delicada. É difícil acompanhar o raciocínio de BB, de deslumbrados que ficamos  com o estilo soberbo da prosa. Na qualidade de admirador do seu pensamento, daqui lhe solicito oficialmente que modere os  dotes literários quando escreve no "Diário de Notícias", de modo a não ofuscar com a forma a excelência do  conteúdo. Por favor, prenda um nadinha os adjectivos.
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