sábado, 9 de junho de 2012

ESTRADA REAL PARA A GEOMETRIA

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Euclides de Alexandria foi professor, matemático e escritor – talvez grego, talvez não. Viveu no Século III AC, quando reinava Ptolomeu I. Conhecido como “Pai da Geometria”, é uma injustiça que se comete com tal boutade porque Euclides era pai de um mundo completo do conhecimento – um génio!
A sua obra clássica chama-se “Os Elementos” e é uma coisa de se lhe tirar o chapéu - só de falar nela! Tem treze volumes, sendo cinco sobre geometria plana, três sobre números, um sobre a teoria das proporções, um sobre incomensuráveis e três sobre geometria no espaço. Foi copiado e recopiado vezes sem conta, quer na versão original, quer em tradução para árabe. Apesar de escrito quando Gutenberg ainda estava no cu dos franceses e havia de estar, é provavelmente o mais influente livro científico de todos os tempos e um dos que tiveram maior número de edições na História do Homo sapiens.
Feita a apresentação do Senhor, refira-se uma curta história que, alegadamente, aconteceu com Euclides de Alexandria. Um belo dia, Ptolomeu I, que devia estudar as matérias com o mesmo grau de profundidade que o Dr. Mário Soares, perguntou-lhe se não havia caminho mais curto para a Geometria que essa coisa indigesta de “Os Elementos”. Euclides não deve ter gostado da burrice de Ptolomeu mas limitou-se a dizer-lhe secamente que não havia estrada real para a Geometria.
De toda a palha vertida até aqui neste modesto post que V.Exas fazem o favor de ler, fica o conceito de estrada real para a Geometria, o que interessa afinal. Digo isto porque no 
tempo de Euclides ainda não existia o que só viria a ser descoberto vinte e três, ou vinte e quatro séculos mais tarde, numa pátria mais para Ocidente, onde a terra da Europa acaba e o Oceano Atlântico começa, chamada primeiramente Lusitânia, e conhecida actualmente, pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Banco Central Europeu e pela Comissão Europeia, por Portugal. Pois nessa ex-Lusitânia foi descoberto o que nem o génio de Euclides concebera, a saber, a estrada real para a Geometria.
Tem tal estrada trânsito restrito, dado que o traçado entre a quase indigência e as chorudas mordomias é ainda mais curto que o da recta entre dois pontos, e o cabal desempenho de tal potencialidade não suporta congestão. São muitos os candidatos mas, por razões operacionais universalmente entendidas, os escolhidos são poucos; isto é, não são mais do que as mães porque são só tantos como os pais.
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