Um físico, um
biologista e um epistemologista conversavam sobre as mais impressionantes
invenções científicas. O físico falava da teoria quântica, chave para entender
matéria e energia, e o biologista da descoberta do ADN e da compreensão da vida
daí decorrente. O epistemologista inclinava-se para os termos, com surpresa dos
outros. Interrogado porquê tal disparate, explicou: vocês põem agua quente lá
dentro e eles conservam-na quente; mas se puzerem água fria, eles conservam-na
fria. Como é que eles sabem o que vocês querem?
A anedota é um
facto real no conhecimento (Epistemologia é o ramo da Filosofia que trata do
conhecimento). O nosso cérebro é
constantemente municiado com informação recolhida e transmitida pelos sentidos,
seja a visão, o tacto, o olfacto, a audição, ou o paladar. Trabalha com matéria prima
identificada, cuja origem é conhecida e certificada. Mas, fazendo o papel do
epistemologista da anedota, pergunta-se como consegue o cérebro produzir ideias
abstractas, seja o raciocínio matemático, o tempo (cronológico), a música e coisas assim? De onde vem a matéria prima para tais operações?
Platão dizia que tinha sido recolhida em incarnações passadas da
alma. É possível, mas soa mal. Disparate ou não, a verdade é que depois de Platão
não apareceu melhor hipótese.
Estou do lado do
epistemologista: já percebi que o cérebro consegue pensar abstractamente; mas
como sabe ele fazer isso e onde o foi buscar?!!!
..
Sem comentários:
Enviar um comentário