terça-feira, 12 de junho de 2012

PLATÃO, TERMOS E EPISTEMOLOGIA

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Um físico, um biologista e um epistemologista conversavam sobre as mais impressionantes invenções científicas. O físico falava da teoria quântica, chave para entender matéria e energia, e o biologista da descoberta do ADN e da compreensão da vida daí decorrente. O epistemologista inclinava-se para os termos, com surpresa dos outros. Interrogado porquê tal disparate, explicou: vocês põem agua quente lá dentro e eles conservam-na quente; mas se puzerem água fria, eles conservam-na fria. Como é que eles sabem o que vocês querem?
A anedota é um facto real no conhecimento (Epistemologia é o ramo da Filosofia que trata do conhecimento).  O nosso cérebro é constantemente municiado com informação recolhida e transmitida pelos sentidos, seja a visão, o tacto, o olfacto, a audição, ou o paladar. Trabalha com matéria prima identificada, cuja origem é conhecida e certificada. Mas, fazendo o papel do epistemologista da anedota, pergunta-se como consegue o cérebro produzir ideias abstractas, seja o raciocínio matemático, o tempo (cronológico), a  música e coisas assim? De onde vem a matéria prima para tais operações?
Platão dizia que tinha sido recolhida em incarnações passadas da alma. É possível, mas soa mal. Disparate ou não, a verdade é que depois de Platão não apareceu melhor hipótese.
Estou do lado do epistemologista: já percebi que o cérebro consegue pensar abstractamente; mas como sabe ele fazer isso e onde o foi buscar?!!!
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