De onde veio o universo? Não aponta a existência do
universo para a acção duma força criativa? Estas perguntas, postas a um ateu,
têm classicamente duas respostas.
A primeira é a de que a admissão da força criativa
implica ser capaz de explicar a existência da força e saber o que está antes
dela; e antes e antes... Se é eterna e não teve início, porque não se
simplifica concedendo a eternidade ao universo? Será Deus o próprio universo?
A segunda resposta tem a ver com a natureza da força
criativa — se há força criativa, não há nenhuma razão para que seja um ser
semelhante a Deus. Porque tem de ser omnisciente, infinitamente bom e
minuciosamente preocupado com os nossos pensamentos íntimos e a nossa vida
sexual? Porque deve até ter mente?
Teístas e ateus esgrimem argumentos inteligentes, sem
dúvida. Uma coisa os separa — a fé. Mas esta não é do foro do raciocínio.
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