Depois de tal ausência, impunha-se a actualização global, digo eu. Mas estava equivocado porque o Dr. Soares voltou, não com uma actualização global, nem internacional tampouco, mas com uma actualização quase intergaláctica! Desde os "hidrocarburantes" do Árctico, que o leitor não sabia ser o nome dos combustíveis fósseis com hidrocarbonetos do Árctico mas ficou a saber (o dicionário de Espanhol-Português do Dr. Soares traduz assim o termo "hidrocarburos" que leu no artigo donde copiou a prosa); até à Síria, onde Bashar al-Assad nunca mais morre, nem o Dr. Soares janta; passando pela França que, nas últimas eleições presidenciais," trocou Sarkozy por François Hollande, socialista, com uma visão diferente para vencer a crise, o que tem obrigado a chanceler Merkel a flexibilizar as suas posições"; até "Mariano Rajoy, o novo primeiro-ministro de Espanha, ultraconservador, mas com algum bom senso", coisa só comparável à quadratura do círculo para o Dr. Soares, socialista e verdadeiro ícone do bom senso.
Mas o oráculo da Praia do Vau não só arrasa justamente
este governo, como vai mais longe e ensina. À pergunta sobre se há alternativa
à austeridade, responde: " Os
neoliberais dizem que não, porque os Estados não têm dinheiro. O que é falso. O
dinheiro fabrica-se quando é preciso". Tal e qual! Estivesse o Grande Mário do Grand Prix à cabeça
das finanças do Eurogrupo e a rotativa do Banco Central já tinha
gripado; mas dinheiro não faltaria—a fartura seria tanta que se chamava
novamente o Zezito por incapacidade de dar saída a tanto Euro!
Ah ganda Marocas—ninguém faz redacções como tu! Já no
Colégio Moderno eras sempre o primeiro: um Ramalho Ortigão em ponto pequeno. Em ponto
pequeno naquela altura; porque nesta
altura, era altura de estares calado.
...
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