A “marcha contra
o desemprego” da CGTP dá início, em Lisboa, ao dia de protestos que se espera
para todo o país. O movimento “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas”
convocou uma “manifestação cultural”, com dezenas de artistas na linha da
frente, para 22 cidades. Na capital, regressam à Praça de Espanha blá, blá,
blá.
Notícia de jornal
a consubstanciar o tom geral da informação sobre o momento político. Que dizer?
Diz-se que é tudo muito mau porque é a banalização do protesto—tutelado pelo
PCP e seus tentáculos, nomeadamente a CGTP e o inefável Arménio—a tirar impacto
ao justo processo de indignação social, apropriada que é esta pela táctica duma
área desacreditada de contestatários profissionais com claros segundos intentos
políticos. É o aproveitamento estudado, planeado e calculado da legítima revolta
popular por forças que afastam gente que não está para os aturar.
Os ex-mentores do
inenarrável PREC, que infelizmente já toda a gente esqueceu, autênticos
predadores com pachorra de corno para emboscar a presa, tecem a teia envolvente
ao povo unido que jamais será vencido—se excluirmos os povos da ex-União Soviética
e dos países do Pacto de Varsóvia que foram vencidos contra naturam—e qual
formiguinhas sem descanso, labutam, labutam, labutam, sem se importarem com o consumir e desacreditar recursos que podem vir a ser indispensáveis para legítimas
e espontâneas manifestações de protesto contra o actual status quo.
Temos todos a
obrigação de dizer a esses senhores que ficamos muito gratos pelo seu esforço, mas mais gratos ficaríamos se se abstivessem de se esforçar e deixassem o povo não unido, que é muitas vezes
vencido, manifestar-se espontaneamente quando e como entender.
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