O Jeep avançava aos zig-zagues e solavancos, escolhendo o condutor os buracos menos fundos da picada, numa louvável tentativa de evitar acabar ali com a já longa carreira da viatura que nem na Coreia tinha visto caminhos assim. Luís Castro, alferes miliciano médico, militar da tropa por imposição e civil por convicção, sentado no banco traseiro, já tinha o rabo calejado pelas selas em que cavalgava quase todas as semanas na demagógica missão de dar assistência clínica aos timorenses residentes atrás do sol posto e que era parte importante do que oficialmente se chamava acção psico-social. [...]
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
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