APOCALIPSE DO SÉCULO XXI: A RELIGIÃO EMERGENTE

Na passada Sexta-Feira, a Sic-Notícias transmitiu, como habitualmente, o programa "Expresso da Meia Noite", dedicado ao tema da Cimeira de Copenhague. Participaram no debate, além dos moderadores, o Secretário de Estado do Ambiente, o Presidente do GEOTA, o jornalista do Expresso Virgílio de Azevedo e o Eng. Rui Moura, céptico sobre a teoria do aquecimento global antropogénico (foto ao lado). Tudo começou, como sempre, com a recitação da doutrina oficial científico-sócio-política por parte dos três primeiros participantes. Seguiu-se o Eng. Rui Moura - não o conhecia, nem conheço, de lado nenhum – que com "insolente" ousadia pronunciou escandalosas blasfémias à luz da nova religião do Apocalipse do Século XXI, religião em cuja corte celestial só há diabos e nenhum deus, anjo ou santo.
O Eng. Rui Moura, tanto quanto verifiquei depois, tem um mestrado em Climatologia, edita um blog chamado "Mitos Climáticos", e é alvo do ódio não disfarçado dos profetas do Apocalipse do Século XXI. Como acontece a todas as posições minoritárias, é ridicularizado pela sua incorrecção política, como o foram Copérnico, Darwin e Einstein, salvaguardadas as devidas proporções. Mas uma coisa constatei: a fé dos profetas da desgraça presentes naquela mesa televisiva não era tão firme como parecia inicialmente, a ponto de vacilarem perante a convicção e os argumentos do blasfemo. O Climategate, como qualquer escândalo religioso, terá abalado temporariamente a sua fé.
É claro que não tenho a mínima ideia de que lado está a razão nesta matéria. Mas duas coisas são claras. A primeira é que os argumentos dos cépticos do aquecimento global antropogénico fazem sentido e merecem estudo, independentemente de poderem ser úteis aos que beneficiam com o imobilismo retrógrado e egoista das indústrias poluentes. Isso é outro problema, que não se resolve enviesando a Ciência. A segunda prende-se com a intolerância e obstinação dos seguidores de modas político- científicas. A Ciência está aberta ao estudo de todas as hipóteses e opiniões, é capaz de ter dúvidas e retroceder quando é caso disso, é humilde e, sobretudo, não faz batota.
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O investigador das ciências naturais recusa de todo a autoridade como tal. Para ele, o cepticismo é o maior dos deveres e a fé cega o pecado imperdoável.

Thomas Henry Huxley
(Traduzido e adaptado de citação do blog "Mitos Climáticos"
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