Em tempo de Cimeira de Copenhague sobre matéria que alimenta muitos movimentos cépticos, passei hoje por cima dum texto sobre assunto ainda mais polémico e fonte de todos os cepticismos, a homeopatia. Já todos ouviram falar dessa “ciência” mais ou menos oculta mas, porque é bastante oculta, poucos saberão exactamente o que defende.
De forma sintética, direi que é alegadamente uma técnica terapêutica que usa fármacos, alguns muito tóxicos, depois de os diluir até ao absurdo. Imaginemos que diluímos dez vezes uma pequena dose de Calendula officinalis em água destilada. Depois de agitar a solução violentamente, colocamos uma gota dela em mais um litro de água e voltamos a agitar violentamente para depois repetirmos a operação noutro litro de água, e noutro, e noutro... No fim, da Calendula officinalis restam vestígios indetectáveis, ou nada, na solução. As concentrações podem ser da ordem de 0,0000000000000000000000000 00001/1. Mas os defensores da homeopatia dizem que isso não importa porque, com a operação de diluição e agitação repetida, a água adquire propriedades terapêuticas – o que chamam memória da água.
Esta teoria da memória da água foi concebida por um professor de Medicina chamado Jacques Benveniste, que publicou um artigo na revista Nature, onde descrevia um fenómeno mirabolante com que não vale a pena gastar bits. De tal modo mirabolante, que se tentou repetir noutros laboratórios, sem sucesso. Só quando foi feita a repetição pelos técnicos de Benveniste, se verificou que o método estava aldrabado. Um fiasco para a revista de enorme prestigio (ver notícia clicando no título deste post).
Acredita-se na homeopatia como se tem fé em Deus, o que é altamente respeitável. Mas seria bom que todos os que pagam os preços que pagam pelos “medicamentos” homeopáticos soubessem perfeitamente o que estão a comprar e qual o fundamento, ou falta dele, da terapêutica. Por mim, estou absolvido porque já hoje fiz o meu dever de escuteiro.
De forma sintética, direi que é alegadamente uma técnica terapêutica que usa fármacos, alguns muito tóxicos, depois de os diluir até ao absurdo. Imaginemos que diluímos dez vezes uma pequena dose de Calendula officinalis em água destilada. Depois de agitar a solução violentamente, colocamos uma gota dela em mais um litro de água e voltamos a agitar violentamente para depois repetirmos a operação noutro litro de água, e noutro, e noutro... No fim, da Calendula officinalis restam vestígios indetectáveis, ou nada, na solução. As concentrações podem ser da ordem de 0,0000000000000000000000000 00001/1. Mas os defensores da homeopatia dizem que isso não importa porque, com a operação de diluição e agitação repetida, a água adquire propriedades terapêuticas – o que chamam memória da água.
Esta teoria da memória da água foi concebida por um professor de Medicina chamado Jacques Benveniste, que publicou um artigo na revista Nature, onde descrevia um fenómeno mirabolante com que não vale a pena gastar bits. De tal modo mirabolante, que se tentou repetir noutros laboratórios, sem sucesso. Só quando foi feita a repetição pelos técnicos de Benveniste, se verificou que o método estava aldrabado. Um fiasco para a revista de enorme prestigio (ver notícia clicando no título deste post).
Acredita-se na homeopatia como se tem fé em Deus, o que é altamente respeitável. Mas seria bom que todos os que pagam os preços que pagam pelos “medicamentos” homeopáticos soubessem perfeitamente o que estão a comprar e qual o fundamento, ou falta dele, da terapêutica. Por mim, estou absolvido porque já hoje fiz o meu dever de escuteiro.
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