[...] Qual era o objectivo central da nossa política económica desde que entrámos na UE? Era convergir para a média dos países europeus em trinta anos. Sempre que se convergia 1%, dizia-se "estamos a cumprir". Sucede que desde o princípio do século - que por acaso é milénio - estamos a divergir. Temos tido o pior desempenho na Zona Euro e o pior dos 27. E todos os anos deste século e deste milénio fomos ultrapassados por um país membro. A Grécia primeiro, depois o Chipre, Malta, a Eslovénia, a Eslováquia, a República Checa, a Estónia. Poderá dizer-me que só agora é que as pessoas se preocupam mas é isso que para mim é inexplicável! [...]
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[...] E acho nefasto que se continue a explicar os nossos problemas de hoje pela crise internacional. Os problemas começaram antes e vão continuar depois. Se a crise for vencida - assim o espero -, vamos continuar com eles, mas agravados. A retoma da economia europeia não ressuscitará todas as empresas que entretanto fecharam, muitas delas não voltarão a abrir. Pior. Saíremos desta crise com aquela que já tínhamos mas... agravada. [...]
[...] E acho nefasto que se continue a explicar os nossos problemas de hoje pela crise internacional. Os problemas começaram antes e vão continuar depois. Se a crise for vencida - assim o espero -, vamos continuar com eles, mas agravados. A retoma da economia europeia não ressuscitará todas as empresas que entretanto fecharam, muitas delas não voltarão a abrir. Pior. Saíremos desta crise com aquela que já tínhamos mas... agravada. [...]
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[...] Vou ser directo. A dimensão dos problemas - reconverter a estrutura produtiva, por um lado, e estancar a cultura de consumismo - implicava decisões radicais e pesadas. Para isso, não chegam políticos, são precisos estadistas. Só temos tido políticos. [...]
.[...] Vou ser directo. A dimensão dos problemas - reconverter a estrutura produtiva, por um lado, e estancar a cultura de consumismo - implicava decisões radicais e pesadas. Para isso, não chegam políticos, são precisos estadistas. Só temos tido políticos. [...]
[...] Está convencida que todas as rotundas que se fazem em Portugal são obras de arte indispensáveis? Todos os pavilhões gimnodesportivos? Todos os estádios de futebol? Ou que todas as auto-estradas são indispensáveis? Os portugueses vão pagar o serviço da dívida dessas obras que não eram necessárias.
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João Salgueiro
In Jornal "I"
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