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O leitor, que tem acompanhado passo a
passo o caso de Armindo Tué Na Bangna, também conhecido por Bruma, está
naturalmente preocupado. Há matéria, de facto, para enorme preocupação, bem
espelhada na forma como os portugueses falam do caso no autocarro, na paragem
do eléctrico, na estação do Metro, no café, na praia, no emprego até.
Então, uma qualquer Comissão Arbitral Paritária
(CAP) não é que deu razão ao Sporting no conflito que opõe o clube a Bruma?!
O advogado do jogador, Bebiano Gomes, já
veio dizer que aquele não sente condições para continuar no clube e, por isso,
vai recorrer para a FIFA. Para a FIFA?, pergunto espantado! Para o Conselho de
Segurança da ONU, no mínimo!
O que verdadeiramente me deixa atónito é a
falta de relevância que os media de Portugal, da Europa e dos outros
continentes dão ao caso. Fala-se do Egipto, da Irmandade Muçulmana, do caso
Snowden e da NSA, da matança do seu próprio povo com gases por Bashar al Assad,
e de outras coisas menores, e Bruma? Que se diz sobre Bruma? Uma matéria que
devia ocupar toda a primeira página dos jornais do mundo, ocupa apenas o
segundo, ou terceiro lugar na relevância noticiosa universal.
Aliás, a complexidade da situação ficou
bem expressa na declaração do advogado de Bruma, ao perguntar quem era ele [advogado]
para dizer a Armindo Tué Na Bangna e ao seu agente, Catió Baldé, o que deviam
fazer perante a decisão da CAP. Isso é matéria para decidir em plenário da
Assembleia Geral da ONU. Pelo menos!
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