quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O KEPLER-78B

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O telescópio espacial Kepler (da NASA), destinado a descobrir planetas novos fora do Sistema Solar (exoplanetas), pifou parcialmente. Não se tornou totalmente inútil porque pode continuar a enviar informação para a Terra, embora menos que a planeada. Acresce que há um número enorme de observações feitas, ainda em arquivo e a aguardar análise. Na sequência  desse trabalho, um grupo de cientistas americanos e dinamarqueses encontraram um planeta aproximadamente do tamanho do nosso, cerca de Terra X 1.16 ± 0.19, tão perto da sua estrela que faz uma translação completa em 8 horas e meia. Isto é, o ano dura ali 8 horas e meia. Há mais planetas com anos "na brasa", mas este ocupa o pelotão da frente. Recorde-se que em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, um ano dura 88 dias terrestres, aproximadamente 260 vezes mais do que no agora encontrado.
Mas, tirando isso, tudo é bom ali. Por exemplo, a temperatura da superfície varia entre 2.000 e 2.800 graus Celsius, ligeiramente mais fresco do que tem estado em Lisboa desde há uma semana (para não falar em Beja), não há atmosfera, "varrida" pelas radiações ultravioleta e de partículas emitidas pela estrela, e a superfície é fofa e macia, constituída por um oceano de lava, onde infelizmente não se pode navegar à vela porque, na ausência de atmosfera, não há vento—ali nunca houve  maldito que velas tenha posto em seco lenho: num planeta assim, só a vapor ou diesel. Sem esquecer o frigorífico para a cerveja, naturalmente!
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