O companheiro do Marreta foi encontrado esta madrugada e aboletado num estábulo com outros animais. O proprietário da besta, Manuel Farinhoto, já tinha esmorecido e perdido a esperança de a recuperar. Segundo ele, a supracitada besta estaria "cansada e a querer companhia", sendo atraída pela presença de outras alimárias ali residentes. Mas está muito brava, muito agitada, quase selvagem, e Farinhoto não dá conta dela. Provavelmente, acabará em breve feita em bifes do lombo, da pá, da vazia, em costeletas e carne picada. Aliás, segundo o criador, com mais de 50 anos de experiência, tem boa carne e mais vale reduzi-la a vitualhas depressa, antes que fuja outra vez, como aconteceu com o Marreta, fugitivo por duas vezes e ainda a monte.
Farinhoto, de 66 anos, já não tem compleição para actividade
tão desgastante como a de criar proteína de besta, razão porque vai abandoná-la. Muito assisadamente em minha opinião, vai
dedicar-se à produção de vinho. É que o vinho não foge e a uva é mais dócil e
menos selvagem. A saudade do Marreta, ainda a monte, repito, é que não morre
tão cedo. Talvez a nova produção de Farinhoto ajude a esquecê-lo.
PS: Não posso acreditar que o leitor não sabe quem é o
Marreta. Em caso de se verificar esse lapso, pode encontrar toda a informação aqui.
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