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No Egipto desenrola-se um drama clássico nos países
árabes: de um lado, militares com a nostalgia da ditadura; do outro, um grupo
de energúmenos religiosos fanáticos para quem não há pachorra; no meio, a
grande massa da população que quer viver tranquilamente, se está a obrar para uns e outros e não tem
meio de se ver livre deles. O poder das armas e as minorias militantes até à
estupidez do sacrifício da própria vida arruínam os países e as suas populações pacíficas
e desejosas de viver como gente normal.
Pondo de lado os militares, os militantes da Irmandade Muçulmana, e os
simpatizantes de uns e outros, quantos sobram? Quase toda a população,
acredito. Há no Egipto 80 milhões de almas que adorariam ver-se livres daquela
tropa que se mata mutuamente nas ruas e, às vezes, também os mata a eles. Daí o
vídeo colocado aí em cima, publicado no YouTube pelo jornalista egípcio Aalam
Wassef, a apelar aos compatriotas que não apoiam militares nem fanáticos
religiosos, para se manifestarem de suas casa, fazendo ruído, todos os dias às
9 horas da noite.
Lamenta-se a morte de polícias e militares e de fanáticos
religiosos. Mas lamenta-se mais o tipo de vida que é imposto a toda uma
população que se está nas tintas para eles todos e tem de os aturar.
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