sábado, 31 de agosto de 2013

TERRA, FONTE DA VIDA

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Ainda hoje não sabemos como a vida surgiu na Terra. No Século V AC, o grego Anaxágoras acreditava que os "germes da vida" tinham vindo do espaço, sob a forma de micro-organismos que teriam encontrado aqui condições favoráveis ao desenvolvimento; e à evolução, diríamos agora. Tal teoria, dita panspermia, foi retomada no Século XIX e os seus defensores apoiam-se no facto de existirem bactérias—chamadas extremófilas—resistentes a temperaturas extremas, ao vazio, à radiação ionizante e a outros factores hostis do espaço. Serão elas os últimos seres vivos a desaparecer da Terra quando esta acabar dentro de um milhar de milhões de anos.
Mas o inverso também é verosímil. Isto é, a vida pode ter nascido no nosso planeta, embora não se saiba como, e daqui ter partido para outros astros; por exemplo, na sequência do impacto de asteróides. Sabemos que há 65 milhões de anos um asteróide com mais de 10 km de diâmetro embateu na Terra, o que levou ao desaparecimento dos dinossauros em consequência da perturbação causada na atmosfera. Segundo estudos de investigadores japoneses, um impacto desses, seguramente, pode lançar no espaço material capaz de atingir a Lua e Marte e talvez outros planetas do Sistema Solar e o espaço interestelar. A ser assim, se algum dia se encontrar uma bactéria na Lua, ou em Marte, é bem possível que ela tenha viajado para lá da bola azul onde vivemos. E é também admissível que essas embaixatrizes da Terra já residam em planetas fora do Sistema Solar.
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