.
Dizem os jornais que as auto-estradas
construídas a Sul
do Tejo, nos anos de ouro dos fundos comunitários, não registam tráfego
suficiente para justificar a sua
existência. O
número de viaturas que as percorre diariamente não chega para suportar a manutenção.
A conclusão baseia-se num estudo feito por Jorge Paulino Pereira, professor de Vias de Comunicação no Instituto Superior Técnico e Ana Guerreiro, engenheira civil com actividade na área das infra-estruturas viárias. Os autores do estudo opinam que a construção foi baseada em previsões optimistas de tráfego e também na vontade dos políticos em fazerem obra.
A conclusão baseia-se num estudo feito por Jorge Paulino Pereira, professor de Vias de Comunicação no Instituto Superior Técnico e Ana Guerreiro, engenheira civil com actividade na área das infra-estruturas viárias. Os autores do estudo opinam que a construção foi baseada em previsões optimistas de tráfego e também na vontade dos políticos em fazerem obra.
E aqui é que a porca torce o rabo porque fica por explicar o que é a "vontade
de fazer obra" dos políticos. Dizem os dicionários, entre outras coisas,
que vontade é a faculdade comum ao homem e a outros animais pela qual o
espírito se inclina a uma acção. Portanto, o espírito dos políticos inclina-se
à acção de fazer autoestradas, inclinação inesperada.
O que os leva a fazer autoestradas e não colheres de pau,
renda de bilros ou chupa-chupas? Seguramente uma compulsão psíquica mal esclarecida,
a merecer melhor atenção das autoridades sanitárias. É que a dependência da
construção de autoestradas e outras obras públicas começa a constituir um
problema complicado para o erário público e, se calha, até tem tratamento médico. Quem sabe?
.
Sem comentários:
Enviar um comentário